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O que fazer na Chapada Diamantina, BA: 23 dicas para sua viagem

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Montanhas morros e paredões rochosos cobertos por vegetação verde que se estendem até onde a vista alcança: isso é uma parte do que espera por você na Chapada Diamantina.

Estrela do ecoturismo nacional, a região é conhecida por abrigar algumas das mais impressionantes chapadas do Brasil. Além das imensas paisagens de beleza cinematográfica, a Chapada Diamantina ostenta também vários tesouros naturais perfeitos para quem curte mergulhos revigorantes: rios, lagos, cachoeiras e poços estão entre os atrativos mais procurados pelos aventureiros. É um daqueles destinos capazes de regenerar completamente as energias de quem visita, sabe?

Se você tem vontade de conhecer um dos maiores espetáculos da natureza brasileira, é só vir com a gente. Aqui, vamos te mostrar o que fazer na Chapada Diamantina, como chegar e até quais itens você deve lembrar de levar na bagagem. Separa aí os seus melhores sapatos de trilha e vem se aventurar! Você está prestes a descobrir:

Onde fica e como chegar à Chapada Diamantina 

Clima Encantador: Ideias para visitar a Chapada Diamantina do verão ao inverno 

Lugares para ir: 

Cachoeiras da Chapada Diamantina  

Cemitério Bizantino 

Cidade de Lençóis 

Cachoeira do Ferro Doido 

Cachoeira da Fumacinha  

Gruta Lapa Doce 

Gruta da Fumaça 

Gruta dos Brejões 

Gruta Azul/Gruta da Pratinha

Igatu 

Galeria Arte e Memória 

Cachoeira do Mixila

Morro do Pai Inácio 

Museu Vivo do Garimpo

Pantanal de Marimbus 

Poço Encantado 

Trilhas e esportes radicais na Chapada Diamantina 

Onde experimentar as delícias locais da Chapada Diamantina 

Lampião Culinária Nordestina 

Maria Bonita 

Quilombola 

Cervejaria Sincorá 

Cervejaria Chapada 

Fazendinha e Tal 

Dicas do que levar e como curtir a Chapada Diamantina

Se já está tudo pronto pra cair na estrada, a sua viagem pode ser ainda melhor com a Clickbus!

Onde fica e como chegar à Chapada Diamantina 

A Chapada Diamantina fica no interior da Bahia, a mais ou menos 400 quilômetros de Salvador.

Cobrindo impressionantes 15% da área total do estado, a gigantesca área é parte de uma cordilheira chamada Cadeia do Espinhaço. Com 38 mil quilômetros quadrados de extensão, a Chapada Diamantina é um verdadeiro espetáculo natural a céu aberto, protegido por uma área de preservação ambiental. Todos os anos, dezenas de milhares de turistas vindos de todas as partes do mundo se apaixonam pelos cenários fenomenais e pela atmosfera mágica da região.

Por causa desse tamanho imenso, a Chapada Diamantina engloba várias cidades baianas. Mas a infraestrutura turística da região está concentrada nos municípios de Andaraí, Ibicoara, Mucugê, Palmeiras, Rio de Contas e Lençóis – sendo essa última a mais popular entre os visitantes –. Além disso, também é possível se hospedar nos vilarejos de Igatu e Vale do Capão.

A Chapada Diamantina conta com o apoio do Aeroporto de Lençóis, que fica a aproximadamente 24 quilômetros do centro da cidade e opera apenas com voos da Azul. A única rota disponível é a que parte de Salvador (não há outras opções de voos comerciais). Por causa dessa limitação, a maioria dos turistas prefere voar até o Aeroporto Internacional de Salvador e depois cair na estrada para chegar até o destino. Para ir até Lençóis, o trajeto é feito pela Rodovia Engenheiro Vasco Filho e pela BR-242 e dura cerca de 6h30.

Para quem gosta de aproveitar todas as partes do caminho sem a preocupação de dirigir, a melhor forma de chegar à Chapada Diamantina é viajando de ônibus. Além de ser a alternativa mais prática, essa é também uma opção perfeita para os viajantes econômicos: as passagens de ônibus costumam ser bem mais acessíveis do que as aéreas, tanto para quem parte de Salvador quanto para aventureiros de outras partes do Brasil.

Se quiser conhecer algumas opções de rotas para a sua viagem, aproveite que está por aqui e confira essas passagens de ônibus para Lençóis que separamos para você. Caso prefira se hospedar em outro lugar, aqui estão as passagens para Mucugê e as passagens para Palmeiras.

Clima Encantador: Ideias para visitar a Chapada Diamantina do verão ao inverno 

Afinal, quando ir à Chapada Diamantina? Simples: quando você quiser!

A natureza exuberante do destino é sempre fantástica, então você pode agendar sua viagem para qualquer época do ano. Na verdade, a escolha da data ideal depende do tipo de experiência que você deseja vivenciar. Tenha em mente que o clima da Chapada Diamantina se divide em duas estações bem definidas: um período quente e úmido, que vai de novembro a março, e o período de seca, que começa em maio e vai até setembro. 

Na estação úmida, as chuvas fazem com que os rios e cachoeiras da Chapada Diamantina atinjam o auge de sua beleza. É um ótimo período para quem gosta de apreciar as quedas d’água bem cheias e fortes. Como as temperaturas nessa temporada são altas (chegando a 30ºC), os banhos se tornam ainda mais refrescantes. O lado ruim é que, por causa da presença constante das chuvas, algumas trilhas se tornam inviáveis por questões de segurança.

Já na época de seca, as longas caminhadas em meio à natureza se tornam menos cansativas por causa das temperaturas amenas. Com mínimas de 10ºC durante a noite, esse período tem muitos dias ensolarados e super agradáveis para passeios ao ar livre. Em contrapartida, o tempo seco faz com que algumas cachoeiras percam um pouquinho de sua força – embora nunca deixem de ser lindas –. Caso decida viajar nessa época, prepare-se para banhos bem frios!

Por fim, é importante levar mais um fator em consideração antes de agendar sua viagem: os meses de julho, dezembro, janeiro e fevereiro são de alta temporada turística na Chapada Diamantina. Nessas partes do ano – assim como em todos os feriados prolongados –, a região recebe um fluxo bem intenso de visitantes. Se quiser fugir da agitação (e daqueles preços elevados de alta temporada), evite esses períodos.

Lugares para ir: 

Finalmente, chegou a hora de passearmos pelos atrativos mais famosos da Chapada Diamantina.

Prepare-se para conhecer alguns dos melhores pontos turísticos da Bahia, como o aclamado Morro do Pai Inácio, e para descobrir a riqueza imensurável da natureza baiana. Abaixo, listamos os lugares que fazem sucesso entre os visitantes e com certeza merecem um espacinho no seu roteiro. 

Confira agora nossa seleção de dicas sobre o que fazer na Chapada Diamantina!

Cachoeiras da Chapada Diamantina  

Queda d'água na Chapada Diamantina

Não dá para conhecer a Chapada Diamantina sem mergulhar nas maravilhosas cachoeiras que são marcas registradas da região.

Além da Cachoeira do Buracão e da Cachoeira da Fumaça, as mais famosas, vale muito a pena visitar a Cachoeira do Sossego. Quem gosta daquela dose extra de adrenalina pode apostar na Cachoeira da Fumacinha e nas do Vale do Pati, que pedem um bom preparo físico na hora de encarar as trilhas. Caso você prefira caminhadas mais tranquilas, as melhores opções de fácil acesso são a Cachoeira do Mosquito, Ribeirão do Meio e Riachinho. Mas a verdade é que não faltam quedas d’água para todos os gostos: são mais de 300 cachoeiras catalogadas na Chapada Diamantina, e todas são fantásticas. Pode se preparar para banhos energizantes, porque a água é sempre gelada!

Cemitério Bizantino 

Além de abrigar vários monumentos naturais incríveis, a Chapada Diamantina também guarda um tesouro histórico peculiar: o Cemitério Bizantino.

Situado na cidade de Mucugê, ele chama atenção pelo estilo diferenciado de seus jazigos. Construído em 1886, o Cemitério Santa Isabel (nome original do lugar) tem túmulos brancos esculpidos em estilo neogótico. Distribuídos na encosta rochosa de uma montanha, eles lembram fachadas de igrejas antigas, em contraste fascinante com o verde da vegetação local. Apesar da razão sombria que motivou seu surgimento – a epidemia de cólera que passou pela Chapada Diamantina no século 19 –, o Cemitério Bizantino tem uma beleza única. À noite, ela se torna ainda mais impressionante por causa da iluminação especial.

Cidade de Lençóis 

Principal porta de entrada para os encantos da Chapada Diamantina, o município de Lençóis é responsável por hospedar a maioria dos turistas que visitam a região.

Mas até para quem pretende ficar em outros lugares, a cidade com certeza merece uma visita. Além da excelente infraestrutura turística, Lençóis tem uma atmosfera super charmosa, com vários dos melhores restaurantes, cafeterias e bares da região. E não para por aí: ao caminhar pelas antigas ruas de paralelepípedo, você terá a oportunidade de apreciar o incrível conjunto arquitetônico colonial tombado como patrimônio histórico. Não deixe de passar por algumas construções seculares icônicas, como a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, a Prefeitura de Lençóis (antiga casa da Família Sá) e o Mercado Cultural.

Cachoeira do Ferro Doido 

Apesar de ser menos conhecida do que as quedas d’água que já mencionamos, a Cachoeira do Ferro Doido é dona de uma exuberância apaixonante.

Situada no município de Morro do Chapéu, ela é composta por 4 cascatas que despencam de um cânion com mais de 100 metros de altura. Rodeadas por árvores, arbustos e pelas lindas orquídeas que marcam a flora da região, a Cachoeira do Ferro Doido é habitada por espécies encantadoras como a águia-chilena e o adorável beija-flor colibri-dourado. Esse cenário deslumbrante fica a aproximadamente 18 quilômetros do centro de Morro do Chapéu, com fácil acesso pelo quilômetro 254 da BA-052 (é o trecho conhecido como Estrada do Feijão).

Cachoeira da Fumacinha  

Já citamos a Cachoeira da Fumacinha aqui, mas não poderíamos deixar de separar um espacinho só para ela no nosso Guia da Chapada Diamantina.

Afinal, estamos falando de um dos principais cartões-postais da Bahia, estrela dos roteiros turísticos e queridinha dos aventureiros. Cortando paredões rochosos de 280 metros de altura, a imponente queda d’água tem 100 metros e uma beleza de tirar o fôlego. Aliás, para contemplar esse imenso espetáculo da natureza, é preciso ter fôlego mesmo! As trilhas que levam até a Cachoeira da Fumacinha são de dificuldade alta – mas o visual no final da caminhada é certamente recompensador –.

É possível chegar a esse lendário ponto turístico de duas formas: caminhando por cima dos paredões ou por baixo. Os dois percursos partem de um povoado chamado Baixão, e ao contrário do que a maioria das pessoas imagina, é bem mais fácil acessar a Cachoeira da Fumacinha por cima. O trajeto tem 16 quilômetros (no total, contando a ida e a volta) e costuma ser feito em aproximadamente duas horas. Já no caminho de baixo, são 4 horas e 18 quilômetros de caminhada intensa. A gente garante que o esforço vale muito a pena.

Gruta Lapa Doce 

Formações rochosas diversas e com cores leves, sendo formadas na Gruta Lapa Doce, na Chapada Diamantina

Considerada uma das mais espetaculares grutas da Chapada Diamantina, a Gruta da Lapa Doce é um paraíso subterrâneo.

Na verdade, ela é um pequeno trecho de um gigantesco conjunto de cavernas que se estende por mais de 40 quilômetros. O acesso é fácil, apesar de envolver algumas passagens meio apertadas, e as paisagens são de cair o queixo. São várias obras de arte naturais espalhadas pelo salão: as estalactites, estalagmites e espeleotemas de rocha calcária se formaram ao longo de milhões de anos e podem ser contempladas com calma, já que o passeio dura até 1h30. Esse tempo pode variar de acordo com a rota que você escolher, pois é possível visitar a Gruta da Lapa Doce por meio de 3 trajetos diferentes. O mais longo inclui uma passagem por uma área com pinturas rupestres fascinantes.

Para visitar a Gruta da Lapa Doce, a taxa de entrada vai de R$ 20 a R$ 80 por pessoa, dependendo do roteiro escolhido e do número de pessoas do grupo.

Gruta da Fumaça 

A visita à Gruta da Fumaça é perfeita para quem deseja conhecer a imensa riqueza de recursos minerais da Chapada Diamantina sem fazer muito esforço.

Durante os 45 minutos de caminhada leve, você passará por formações tão delicadas que parecem esculpidas à mão. Dá para apreciar de perto as estalactites e estalagmites que compõem a beleza estonteante dos grandes salões de pedra branca. O trajeto é feito com o auxílio de um guia do próprio local, que explica fatos científicos e outras curiosidades fascinantes sobre as estruturas da caverna. A entrada custa R$ 25 reais por pessoa. Também situada em Iraquara, a Gruta da Fumaça é um passeio apropriado para viajantes de todas as idades e perfeito para famílias.

Gruta dos Brejões 

A monumental Gruta dos Brejões é destaque nacional quando se fala em passeios subterrâneos.

Afinal, ela é dona da segunda maior boca de caverna do país: a imponente entrada tem mais de 100 metros de altura. No interior, as gigantescas formações geológicas compõem um cenário arrebatador. Como se isso tudo não bastasse, a Gruta dos Brejões também é um dos mais importantes sítios arqueológicos do Brasil, já que abriga preciosos fósseis e pinturas rupestres. Na saída da caverna, é possível apreciar ainda um incrível conjunto de cânions. Para completar o passeio, os aventureiros de carteirinha podem praticar rapel junto da entrada da gruta.

A Gruta dos Brejões fica entre os municípios de Seabra e Morro do Chapéu, com acesso pela BA-426.

Gruta Azul/Gruta da Pratinha

A Gruta Azul e a Gruta da Pratinha são verdadeiras paradas obrigatórias para quem visita a Chapada Diamantina.

Situadas na mesma propriedade – a Fazenda Pratinha –, elas podem ser desbravadas em um passeio combinado que rende fotos maravilhosas e, é claro, uma chance de se banhar nas águas mágicas da Chapada. Na Gruta Azul, a parada é para observação do lindo fenômeno natural que tornou o lugar famoso: a luz do sol entra por uma fenda nas paredes rochosas e desenha um coração azulado e brilhante na água do poço. Já na Gruta da Pratinha, é possível flutuar na correnteza tranquila do Rio Pratinha. É uma experiência sem igual: o silêncio da caverna proporciona um relaxamento fantástico. 

A Fazenda Pratinha fica no município de Iraquara e oferece uma infraestrutura bem completa, com sanitários, restaurante e atividades divertidas como tirolesa e passeio de caiaque. A entrada custa R$ 40 por pessoa e as atividades são pagas à parte.

Igatu 

Antiga casa de pedra na cidade de Igatu

O lindo vilarejo de Igatu parece saído das histórias de contos de fadas.

Parte do município de Andaraí, ele abriga as ruínas das antigas casinhas de pedra construídas pelos mineradores que trabalhavam na região durante o século 19. Você pode conhecê-las de perto em uma visita ao Parque Histórico de Igatu, onde também terá a oportunidade de visitar a Galeria Arte e Memória. Além de proporcionar uma experiência incrível de viagem no tempo, o vilarejo tem ótimos pontos para a prática de escalada e outras atividades radicais. Se puder, não perca a chance de se hospedar em Igatu por pelo menos uma noite para viver uma imersão profunda na atmosfera mágica do lugar.

Galeria Arte e Memória 

Quem curte um bom passeio cultural não pode deixar de visitar a Galeria Arte e Memória, no povoado de Igatu.

Situado em meio às belas paisagens do Parque Histórico de Igatu, o espaço abriga um acervo fantástico que conduz os visitantes em uma jornada pela história da Chapada Diamantina. A exposição inclui fotografias antigas, instrumentos de trabalho usados pelos garimpeiros nos séculos passados, murais com poemas e muito mais. No jardim de esculturas, você vai encontrar obras incríveis de vários artistas plásticos baianos. A Galeria Arte e Memória conta ainda com uma sala que recebe exposições temporárias e com uma cafeteria e um ótimo restaurante.

Cachoeira do Mixila 

Separada de Lençóis por apenas 9 quilômetros, a Cachoeira do Mixila é imperdível para quem curte trekking e camping.

Isso porque o trajeto para chegar até ela é uma experiência emocionante por si só: são 33 quilômetros de trilha que geralmente são percorridos em dois ou três dias. É isso mesmo: a ideia é pernoitar sob a luz das estrelas, acampando em meio à grandeza natural da Chapada Diamantina. Durante o percurso, é possível conhecer também a Cachoeira do Capivari, o Poção e a Cachoeira do Palmital. Com uma espetacular queda d’água de 80 metros, a Cachoeira do Mixila encerra o roteiro com chave de ouro. 

Morro do Pai Inácio 

Vista da Chapada Diamantina, no alto no Morro do Pai Inácio

O Morro do Pai Inácio é, sem dúvidas, uma das paisagens mais icônicas da Chapada Diamantina.

A trilha de 500 metros dura aproximadamente 30 minutos é de dificuldade média, com paradas para contemplar as maravilhosas formações da região, como o Morro do Camelo e os Três Irmãos. No final da subida, o visual é de emocionar: uma vista panorâmica para os imensos chapadões e montanhas cobertas de vegetação verde que se estendem até o horizonte. Se puder, deixe esse passeio para o final da tarde e aprecie o espetáculo natural do pôr do sol no Morro do Pai Inácio. Lembre-se de levar um casaco ou jaqueta corta-vento, pois o frio lá no topo é de arrepiar!

Museu Vivo do Garimpo

Que tal aprender mais sobre a história da mineração de diamantes na Bahia?

No Museu Vivo do Garimpo, os visitantes fazem uma imersão na próspera fase da economia brasileira conhecida como Ciclo do Ouro. Instalado em um antigo abrigo de garimpeiros, o espaço funciona como memorial e tem um acervo cheio de relíquias. É possível observar os maquinários que eram usados para lapidar as pedras preciosas, as ferramentas necessárias para o garimpo e até exemplares dos valiosos diamantes. Atração imperdível para os fãs de história, o Museu Vivo do Garimpo fica no Parque Municipal de Mucugê, a mesma propriedade que abriga o Projeto Sempre Viva. Aproveite a visita para conhecer os dois espaços.

Pantanal de Marimbus 

Diferente dos outros lugares que te apresentamos, o Pantanal de Marimbus não aparece com tanta frequência nos roteiros turísticos da Chapada Diamantina.

Menos procurado do que muitos dos atrativos locais, esse passeio é ideal para quem curte uma programação que foge ao clichê. Afinal, ele é bem diferente das paisagens montanhosas e semiáridas da região: as águas escuras do pântano formam corredores entre áreas de vegetação aquática. Você pode desbravar esse cenário único em um passeio de barco ou curtir atividades como pesca e stand-up paddle. O Pantanal de Marimbus pode ser acessado por meio da Fazenda Marimbus, que fica no quilômetro 149 da BA-142. O ponto de partida mais próximo é o município de Andaraí.

Poço Encantado 

Poço de água azul dentro da Gruta Poço Encantado, na Chapada Diamantina

Pode acreditar quando a gente diz que o nome do Poço Encantado é bem autoexplicativo.

Situado no interior de uma gruta, a grande lagoa tem mais de 100 metros de comprimento e 60 de profundidade. Em alguns momentos do dia, a água cristalina é tocada por um feixe de luz que colore o poço em tonalidades de azul intenso, tomando um visual realmente místico. A visita é apenas para observação e garante fotos sensacionais. O maravilhoso fenômeno não acontece o tempo todo: o Poço Encantado só tem essa coloração característica no período entre abril e setembro, e ela pode ser visualizada entre as 10h e as 13h30. Mas mesmo sem o efeito da luz, o lugar é lindíssimo e merece um espacinho no seu roteiro em qualquer época do ano!

O Poço Encantado fica no município de Itaetê, em uma propriedade particular que conta com lanchonete e restaurante. O acesso é feito pela BA-245. Vale a pena combinar o passeio com a visita ao Poço Azul, que passa por um fenômeno similar e permite flutuação. Para entrar na propriedade, a taxa é de R$ 30 por pessoa.

Trilhas e esportes radicais na Chapada Diamantina 

Já deu para perceber que a Chapada Diamantina é dona de algumas das melhores trilhas na Bahia, né?

Além dos percursos que já mencionamos aqui, há várias outras opções de passeios emocionantes e perfeitos para quem adora uma aventura. Se você quer apreciar a natureza da Chapada Diamantina de perto, faça a trilha do Rio Mucugezinho, que leva ao Poço do Diabo. São 3 quilômetros de ida e volta, em um percurso fácil que parte de Lençóis. Já a trilha da Rampa do Caim, que sai de Igatu, é uma ótima opção de trajeto com dificuldade moderada. Com duração aproximada de 2 horas, o caminho de 7 quilômetros acompanha o curso do Rio Paraguaçu e acaba nas paisagens impressionantes do Vale do Pati.

Quem tem mais experiência com trilhas e gosta de se desafiar pode fazer a trilha do Pico do Barbado. Considerado o ponto de maior altitude de toda a região Nordeste, o pico fica a mais de 2 mil metros do chão e garante uma vista arrebatadora. Para chegar ao topo, é preciso enfrentar 5 horas de uma subida intensa que exige bastante preparo físico. O percurso geralmente começa no município de Rio de Contas.

As trilhas da Chapada Diamantina não são as únicas opções de passeio para entusiastas do turismo de aventura. Se você gosta de esportes radicais, com certeza vai curtir a chance de praticar rapel na Gruta do Lapão. São 50 metros de descida pelos paredões rochosos, com direito a muita emoção! Você também pode testar suas habilidades de remo no Rio Preto, em Mucugê, onde é possível se aventurar em percursos de canoagem com extensões que variam entre 6 e 25 quilômetros. 

Outra modalidade muito adorada na região é o mountain bike: vários dos cartões-postais que apareceram na nossa lista podem ser desbravados sobre duas rodas. Alguns ciclistas mais ousados e experientes se propõem até a dar a volta no Parque Nacional da Chapada Diamantina pedalando, em um percurso de 360 quilômetros que dura vários dias e passa por 6 municípios diferentes. Haja disposição!

Isso porque nem falamos de todas as oportunidades incríveis para quem gosta de arvorismo, tirolesa, voo livre, passeios a cavalo, escalada, quadriciclos e muito mais. A verdade é que as opções de atividades radicais na Chapada Diamantina são tantas que a gente jamais conseguiria listar todas elas. Não deixe de pesquisar na internet para descobrir onde a sua modalidade favorita pode ser praticada.

Onde experimentar as delícias locais da Chapada Diamantina 

É tanta coisa para desbravar na Chapada Diamantina que fica até difícil escolher o que visitar primeiro.

Depois de tantas trilhas e caminhadas desafiadoras, você com certeza precisará recuperar as energias. A boa notícia é que, além de tudo que já te apresentamos, a Chapada Diamantina também abriga várias oportunidades fantásticas para quem gosta de comer bem. Lar de muitos restaurantes renomados, a região tem também uma excelente variedade de bares, cafeterias, lanchonetes e bistrôs que servem o melhor da culinária regional e internacional.

Para te ajudar a deixar a viagem ainda mais deliciosa, elencamos abaixo nossas dicas preferidas de onde comer e beber na Chapada Diamantina.

Lampião Culinária Nordestina 

Quem nunca ouviu falar na riqueza de sabores da cozinha baiana?

No Lampião Culinária Nordestina, você terá a chance de conhecer versões criativas de várias delícias típicas, como a carne de sol e o bobó de camarão. Famoso por reimaginar as receitas regionais clássicas com muita criatividade, o restaurante é imperdível para quem deseja ter uma experiência “fora da caixinha” com os temperos da Bahia. Não deixe de aproveitar também a ótima variedade de porções e petiscos: tem bolinhos, costelinha e muito mais. O Lampião Culinária Nordestina fica na Rua Miguel Calmon, em Lençóis.

Maria Bonita 

Quem se hospeda em Andaraí não pode deixar de conhecer o menu regional do Restaurante Maria Bonita.

Situado na Rua da Constituição, no vilarejo de Igatu, o lugar tem uma atmosfera rústica super aconchegante que combina perfeitamente com a comida caseira. Comandado pela chef Maria Oliveira, o lugar reflete a rica bagagem cultural da Chapada Diamantina: os pratos inspirados na tradicional cozinha baiana recebem um toque especial por causa da influência culinária de comunidades indígenas e quilombolas da região. 

Quilombola 

Uma festa de cores, sabores e aromas: os preparos do Restaurante Quilombola, em Lençóis, são a cara da Bahia.

O menu é bem eclético, com opções para todos os gostos. Você pode experimentar o gostinho regional das moquecas, do escondidinho e dos beijus ou se deliciar com massas e pizzas na chapa. Descubra também os pratos exclusivos com assinatura da casa, como o godó de banana e o apanhari frito. Para acompanhar, aposte nos drinks especiais do Quilombola, que fica na Rua das Pedras, nº 89, em Lençóis.

Cervejaria Sincorá 

Tábua de madeira com cinco pequenos copos com tipos diferentes de cerveja para experimentação

Sabia que as cervejas artesanais têm ganhado muito espaço na Chapada Diamantina nos últimos anos?

Pois é, a região já mostrou que tem um potencial imenso para produzir variedades excelentes da bebida número um do Brasil. Na Cervejaria Sincorá, uma microcervejaria independente situada em Lençóis, você vai encontrar sabores aromáticos e marcantes com qualidade fora do comum. Quem gosta de cerveja clara pode apostar na Session IPA e na Orange Pale Ale. A Cervejaria Sincorá fica no Loteamento Chácara Moraes, Rua Edgard da Silva Freire, nº7.

Cervejaria Chapada 

A Cervejaria Chapada carrega orgulhosamente o título de primeira produtora artesanal de cerveja da Chapada Diamantina.

Inaugurada em 2016, a marca é responsável por rótulos aclamados como a Pai Inácio, uma American Pale Ale sensacional. Também vale a pena experimentar a Abelha, Belgian Pale Ale com toque de mel, e a Indian Pale Ale que se destaca pelo sabor excepcional e pelo nome criativo: IPA Aí, Ó. A Cervejaria Chapada fica no quilômetro 321 da rodovia BR-242, em Lençóis.

Fazendinha e Tal 

Assim como os cervejeiros de carteirinha, fãs de bebidas destiladas também são muito felizes na Chapada Diamantina.

Em Lençóis, o Alambique Fazendinha e Tal tem aquele jeitão de cachaçaria “raiz”: o balcão serve como ponto de encontro para a galera que curte bater um bom papo na companhia de bebidas deliciosas. A casa produz mais de 40 sabores de cachaças que podem ser infusionadas com raízes e frutas ou transformadas em batidas e coquetéis espetaculares. Além disso, a Fazendinha e Tal tem licores, petiscos e até pizzas feitas no forno de barro. O endereço é Rua das Pedras nº 125.

Dicas do que levar e como curtir a Chapada Diamantina

A ansiedade para visitar a Chapada Diamantina já está nas alturas por aí, né?

Mas antes de arrumar as malas para cair na estrada, é importante saber quais itens você precisa levar para a viagem se quiser curtir as aventuras da melhor forma possível. Confira, abaixo, a nossa checklist da bagagem perfeita para a Chapada Diamantina!

Não se esqueça de colocar na bolsa:

  1. Roupas apropriadas para trilhas e caminhadas. Aposte em peças leves, como shorts, bermudas, tops de ginástica, camisetas de malha e leggings. Inclua também calças confortáveis e camisas com proteção contra raios UV, para cobrir bem os braços e as pernas durante os percursos mais longos.
  2. Filtro solar com fator de proteção alto (60 ou 70 fps);
  3. Sapatos de trilha (tênis ou bota);
  4. Repelente (sério, você vai precisar!);
  5. Óculos de sol;
  6. Boné, chapéu ou viseira;
  7. Mochila de hidratação ou garrafa d’água;
  8. Trajes de banho;
  9. Casaco, jaqueta ou corta-vento (para quem é mais sensível ao frio).

Além de tudo isso, a gente recomenda que você leve alguma quantia de dinheiro em espécie quando for visitar a Chapada Diamantina. Mesmo que a maioria dos lugares aceite pagamentos em Pix, as boas e velhas notas podem salvar sua vida quando a tecnologia não for suficiente. Falando nisso, também pode ser uma boa ideia providenciar um powerbank (bateria portátil) para dar aquela carga no celular quando não houver tomadas por perto.

Se já está tudo pronto pra cair na estrada, a sua viagem pode ser ainda melhor com a Clickbus!

Vista aérea de um homem nadando e um dos lagos espalhados pela Chapada Diamantina

Na Chapada Diamantina, a beleza está espalhada por todos os lados.

Do charme acolhedor de Lençóis até a imensidão das paisagens serranas, os encantos desse destino vão te fazer desacelerar e se conectar com a natureza como nunca. Pode preparar o coração para uma das viagens mais inesquecíveis da sua vida: a Chapada Diamantina com certeza vai ficar gravada na sua memória para sempre. Agora é só fazer as malas, comprar suas passagens de ônibus pela internet e embarcar nessa aventura única.

E se quiser conhecer outros lugares apaixonantes do Brasil e da América Latina, não deixe de acompanhar nossos conteúdos aqui no Tô de Passagem. A gente sempre publica as melhores dicas e guias pensados especialmente para quem adora cair na estrada!

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